Publisher's Synopsis
Na área temática de Segurança Pública e Direitos Humanos, o presente estudo, realizado entre os anos de 2011 e 2012, avalia se a afiliação religiosa ao pentecostalismo está relacionada à reintegração social do apenado, a partir da perspectiva da ressocialização à luz das teorias dos processos civilizadores, conforme Julião (2009), que considera esse conceito, nativo do sistema penitenciário. O estudo foi realizado mediante trabalho de campo de observação direta das interações entre agentes religiosos pentecostais e presos afiliados ao pentecostalismo, no Instituto Penal Edgard Costa (IPEC), em Niterói - RJ. Todos os Agentes de Segurança Penitenciária das "turmas de guardas", alguns presos afiliados ao pentecostalismo e agentes religiosos foram entrevistados. Buscando, assim, uma "descrição densa" (Geertz, 1989), não da instituição em sua totalidade, mas das interações entre os indivíduos envolvidos em um drama social que lá se desenrolava. Assim como Julião (2009), sistematizamos um diálogo com teóricos do pensamento moderno, principalmente com Norbert Elias, e sua obra O Processo Civilizador - Vol. II. Este trabalho é uma síntese da influência do pentecostalismo no processo de ressocialização de presos à luz das teorias dos processos civilizadores no Instituto Penal Edgard Costa (IPEC). Essa síntese consta de cinco capítulos, nos quais são apresentados uma breve introdução ao cristianismo; a história do pentecostalismo; conceito e história de crime, penas e prisões; em ressocialização, abordaremos os problemas encontrados no sistema penitenciário, que dificultam a ressocialização dos internos, problemas estes, que em sua maioria, são consequências da falta de cumprimento de mecanismos vinculados aos direitos humanos, como a Lei de Execução Penal e as Regras Mínimas para o Tratamento de Presos; e, finalmente, o cerne deste trabalho, que é um estudo exploratório sobre afiliação religiosa e reintegração social à luz das teorias dos processos civilizadores.Esta obra tem como objetivo ressaltar a importância da religião, levando em consideração o trabalho desenvolvido por agentes religiosos de igrejas pentecostais como minimizadoras dos efeitos causados pelo cárcere e posterior reintegração social. Agindo de forma ativa no combate à má conduta do indivíduo, que dificulta a sua ressocialização.