Publisher's Synopsis
"O Homem Verde do Ginásio" é um livro de contos do povo. E sendo assim, representa uma mistura de ficção e realidade. É difícil dissociar uma coisa da outra na cabeça do povo e se ele acredita, piamente, que o lobisomem existe por mais que se diga tratar de uma personagem da ficção, ele, o povo, esse ser fantástico, julga que ele existe em carne e osso, pelos e sangue.
A base deste livro é a narrativa popular expressa numa jovem que conversa com os bichos, o nego d'água, um pavão voador, uma família que comia botões para saciar a fome numa seca, de um homem antropófago que comia criança, de uma mãe de santo que tem o poder de colocar a morte para dançar num salão, de uma cobra gigante capaz de engolir uma aldeia, enfim histórias que a população conta a crê.
O jornalista Tasso Franco foi o interprete dessas conversas e as descreve com sua pena colocando doses do fantástico, do mundo imaginário e ficcional, apimentando-as, procurando interpretar da melhor maneira o o pensamento popular o que representa uma tarefa das mais difíceis.
O livro está posto para julgamento dos leitores e cremos que vai agradar e atender as expectativas daqueles que já leem esse autor, o qual possui várias publicações no Amazon - impresso e Kindle - e busca ampliar o número dos seus leitores.
Neste trabalho é possível acompanhar narrativas bem interessantes, criativas, com doses de humor expressivas, contextualizada numa aldeia do interior da Bahia na década de 1960.
É, portanto, também, um livro de época e deve assim ser analisado observando-se os costumes e os hábitos desse período da humanidade e na aldeia em tela, colocada pelo autor, não se difere de forma significativa de outras aldeias existentes no planeta, pois, tanto no Ocidente quanto no Oriente, os meninos daqui e dacolá tiveram a primeira professora, enfrentaram o primeiro dentista e tiveram seus sonhos.
Não é à toa que se diz que o mundo é uma aldeia, representativo de um microcosmo que se perpetua em todos os lugares da Terra.
E assim o autor vê e o interpreta no "O Homem Verde do Ginásio" com seus contos fantásticos, seu mundo particular que, numa espera mais ampliada não diverge de outros mundos, onde, se não há lobisomens há dragões; se não existem negos d'águas há sereias; e desde São Francisco de Assis e das fábulas de Chrales Perault que há contos de fadas.
Tenham, pois, uma agradável leitura.