Publisher's Synopsis
Em tempos de FAKENEWS uma análise filosófica da mentira, da verdade e da própria sinceridade tornam-se importantes. Saber que, por maiores que sejam nossos valores morais não estaremos imunes à mentira, nem o autoengano (que é a mentira para nós mesmos). A obra trata de de aspectos das filosofias da mentira e da sinceridade, com análise prévia de alguns aspectos interdisciplinares (biológicos, antropológicos, sociológicos e psicológicos) e a história abreviada da mentira na mitologia e na Bíblia e nas Filosofias Grega, Medieval e Moderna. Distinguiu-se a mentira da manipulação e da falsidade para, a seguir, distingui-la da verdade e da realidade. Feita a distinção foi possível tratar dos modos de simular, mentir e manipular e examiná-la do ponto de vista dos agentes envolvidos (o enganado e o enganador). Considerando-se, como hipótese argumentativa, que a mentira não seria razoável em nenhuma situação, foi preciso examinar a sinceridade como sua oponente e examiná-la como virtude, para depois concluir que possui dilemas e equívocos. Do ponto de vista de seu uso, examinaram-se as relações entre a mentira e a credulidade, a mentira e a argumentação e, ainda, seu uso na política. Como a mentira não é dita apenas ao outro, mas também existe o autoengano (que por um lado, por enganar o enganador e, por outro, torna o enganador mais eficaz ao mentir para terceiros), foi preciso examiná-lo em diversos aspectos (ideologia, autopiedade, aspectos lógicos). Do ponto de vista pragmático examinou-se a mentira aos amigos e aos inimigos, a mentira na ciência e na propaganda, a mentira terapêutica, a mentira educativa e a mentira consoladora. Por fim, atentou-se para alguns pontos destacados da mentira sob o foco da Ética, da Moral e da Filosofia da Linguagem.