Publisher's Synopsis
A presente obra - fruto de um trabalho árduo e coletivo de cientistas sociais do Direito e de outros pesquisadores em áreas afins, intenta apresentar ao público leitor novos olhares a respeito das chamadas "ecoinstitucionalidades" - e, embora esta variável não seja nova na prática administrativa do Estado, o seu papel no equilíbrio de conflitos socioambientais, na promoção da justiça ambiental a partir do combate ao racismo ecossistêmico e como direto responsável por políticas públicas de promoção da sustentabilidade em tempos onde o egoísmo social e o capitalismo virulento avançam seus tentáculos a partir de crises (em sua boa parte) planejadas nas bases da exploração da humanidade e dos recursos planetários que existem na Terra.
A última crise da sustentabilidade global, inclusive, advém de uma pandemia global que, desiludindo-se uma grande maioria ao crer que o ano de 2022 terá o seu fatídico fim, não se dissipará sem, antes, dar conta da ecologia dos pobres (ainda mais) vulnerabilizada em decorrência do agravamento econômico, de um lado, em paralelo à privação progressiva dos bens essenciais da vida humana em sociedade. É que a crise ecossistêmica - em resposta de Gaya aos seres humanos, indistintamente - reclamará a urgência de uma nova crise (ou a reflexão sobre a atual e o seu aprofundamento epistemológico) calcada na pobreza ambiental flagrante em virtude de países e comunidades privadas (e alijadas) dos meios de acesso aos bens naturais e culturais produzidos a partir dos ecossistemas não humanos.
O livro - que se figura em onze capítulos (um deles, inclusive, internacional) - é uma espécie de leisure's readest dada a variedade de temas que já se figuram em obras afins; mas, sem dúvidas, auxilia e reforça a urgência planetária desantropógina que pede, urgentemente, um olhar socioambiental para além do humano. Esperamos, assim, que a obra possa ser um contributo (dentre tantos outros) em um grito maior - cujo fim seja alcançar a Pachamama que reside, também, dentro de nós enquanto criaturas suas. Boa leitura e até à próxima.
Universidade Estácio de Sá Prof. Dr. Wagner de Oliveira Rodrigues
Universidade Estadual de Santa Cruz